Ivo ainda estava deitado na cama quando Edith saiu do quarto na ponta dos pés, pelo corredor sentiu que podia caminhar tranquilamente que ele ainda continuaria a dormir. Quando chegou à sala deparou-se com a enorme janela de vidro que mostrava toda a cidade cinza em mais um fim de tarde. Ela riu. Era quarta-feira e ela estava ali de camisa preta e cueca vislumbrando a selva de pedra bem na hora do rush, enquanto muitos corriam para lá e para cá e outros buzinavam em seus carros engarrafados, Edith estava tranquila e faminta.
Na cozinha não teve felicidade quando abriu a porta da geladeira nem quando foi para os armários, Ivo definitivamente não alimentava aquela cozinha. Desanimada encarou o filtro que por sorte estava cheio e com um copo de água em mão ela voltou para o quarto.
A cama estava vazia e porta do banheiro fechada, quando Edith sentou-se na cama escutou o barulho da descarga e no segundo seguinte a torneira sendo aberta, quando Ivo saiu do banheiro deu de cara com uma mulher de cabelos negros e embaraçados com uma copo de d’água nas mãos, ele sorriu.
- parece aliviado
- Estava apertado- Ivo respondeu enquanto caminhava até a mesa que ficava na outra extremidade do quarto.
Edith o observou, terminou de beber sua água e guardou o copo debaixo da cama, e em seguida deitou-se.
- Encontrou muitas coisas na cozinha?
-Não o que eu queria...
Ivo virou-se e caminhou em direção à cama- Eu não posso dizer o mesmo.
- Como assim? – Ela perguntou.
Ivo aproximou-se lentamente observou-a deitada de olhos fechados pensando que ele ainda estaria longe e de leve ele toucou sua perna – eu achei o que eu queria.
Edith abriu os olhos, um pouco assustada.
- Tenho um presente para você- Ivo confessou e sentou-se ao seu lado
- O que é?- Edith o encarou com os olhos curiosos, esperou até que ele falasse, mas ele nada disse. Inquieta sentou-se e perguntou mais uma vez- O que é?
Ele sorriu um pouco sem graça- Esse momento é um daqueles que nós nunca sabemos se é a hora certa.
Ele estendeu o braço e abriu a mão.
Edith por um segundo parou de respirar, ao mesmo tempo em que estava surpresa estava também satisfeita, pois esperava a tempo por aquele momento- A Minha chave?!,
4 comentários:
Ei, que saudades de você Luana, você sumiu, o que houve?
Que texto mais doce, moça, acho que a chave foi o melhor presente que lhe podia ser dado.
Não some mais não.
Olá!
Rs.... adorei o texto...
Mas vc sumiu...
Bem vinda de volta... beijo grande!
Presente perfeito!
=)
que incrível...
Gus
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