segunda-feira, janeiro 10, 2011

Não seja prolixo-parte três

Só quando você tem amor no coração que consegue entender o que os olhos significam. São eles, as janelas da verdade.

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Dezenove de abril de 2007 13h58min

Você apenas parece que, gosta de fingir e, aliás, parabéns para você, como fui ingênuo. Suas palavras secas, frias, sórdidas ainda estão rodando e penetrando na minha cabeça minuto após minuto. E como você está agora? Mais leve? Deve estar. Pois mentir, FINGIR, durante três anos, duas semanas e dois dias, deve ser realmente cansativo.

Não precisa mandar o seu irmão vim aqui. Não tem mais nada para ele buscar.

Fernando.

Miúda sente a sua face quente, vermelha... “parabéns?” sente uma tontura, não sente mais os pés, nem as mãos. “Não preciso mais buscar as minhas coisas? Como assim?!”

Miúda se afunda na cadeira, sente que o mundo está pequeno, algo nasce em seu coração, não sabe o que é, mas está incomodando. Fecha os olhos, e como se um filme iniciasse tem uma lembrança...

“Três anos atrás...”.

- Acho que não é apropriado você ficar ai sentada.

Ela sorri- Bem também não acho nada apropriado ninguém me chamar para dançar, mas tudo bem.

O rapaz de cabelos bagunçados resolve sentar-se.

- Se por acaso um rapaz te convidar... Por acaso você dançaria?- ele a encara, os olhos dela são castanhos escuros, como os dele. Os cabelos dela estão soltos, lisos, negros como a noite. Seu vestido é vermelho frente única, ela é linda.

-Bem... Depende do acaso- ela responde, o encara e depois ri consigo daquela conversa.

-Do acaso?- ele não entende.

- Se o acaso for você!- Ela fica vermelha, mas não suficiente para evitar os olhos dele que são castanhos escuros, como os dela. Ele está de camisa azul turquesa que combina com a sua pele clara e com seus cabelos bagunçados.

- Então prazer- ele estende a mão- Eu sou o acaso!

Ele ri. Ela sorri e estende a mão- Eu sou o destino!

Ela ri. Ele sorri e estende a mão- Então... - ele sorri outra vez. Cumprimentam-se- Destino! Você quer dançar comigo?

Ela faz que sim com a cabeça. Ele levanta e pega a mão morena dela. E o dois vão para o meio do salão.

No palco uma banda e uma cantora envolvem os dançarinos com uma música romântica, triste, daquela que nos faz lembrar o amor, que nos faz sentir saudade de alguém especial.

Eles não sabiam, mas naquela festa de fim de ano da empresa: ela foi por que não tinha para onde ir e ele foi, pois era amigo de um rapaz que trabalhava ali- Marcos... Ah Marcos “o cupido”. Mas terá sido mesmo o cupido, a sorte, o acaso ou destino?

...Ou talvez fosse mesmo para ser.

Miúda abre os olhos... Canta, mentalmente, a música que um dia fez o Acaso e o Destino dançarem– “Preciso acabar logo com isso, preciso lembrar que eu existo... Que eu existo♪”.

-Você está bem?

Miúda toma um susto vira-se... E o encara.

Continua…

6 comentários:

Gabriela Freitas disse...

Caraca Lu, que historia menina!
Tem que terminar logo, estou morrendo de curiosidade.

Priscyla Targino disse...

Estou amando essa história !
Fiquei curiosa com o final
beijo *;

Cynthia Brito disse...

Você e esses seus textos fascinantes que me fazem passar bom tempo de olho na telinha do pc' (:

Muito bom!

Ótima semana pra você, linda... Bjo!

Rebeca Postigo disse...

Quem será???
Fiquei curiosa...
Quero ler a continuação...

Bjs

Anônimo disse...

Quem que é? Quem será?

Caraca!

Rodolpho Padovani disse...

O começo de todo romance é cheio de surpresas, mas a gente nunca sabe o que vai acontecer pela frente.
Indo ver o resto.