sexta-feira, julho 10, 2009

Parte dois : A Porta.

Olá a todos. Pois bem, acho que consegui fazer a continuação da postagem do "dia 4 de Julho", não sei se ficou boa mais foi o que eu consegui fazer, aliás ela já estava pronta já faz um tempo eu que estava esperando a minha mente criar coisas melhores, mas como não criei coisa melhor, está ai a " segunda parte" digamos assim, não sei se irei fazer continuação, depende se vocês gostarem ou não, sei lá do que vierem me falar também. Por que eu faço meus textos loucos aqui, mais escrever um que tenha continuação, meio assim que um "conto" é novidade para mim. Bem espero que gostem, e se não gostarem aceito criticas também tá? x)...( elogios também bele?) Então é isso, Bom fim de semana para vocês, espero que gostem do texto. Até semana que vem.



Parte dois: A Porta.

Quando Felipe saiu Bela sentia apenas a culpa tomando conta do seu corpo como um vírus e que nenhum antídoto poderia curar, não teria cura, não teria perdão.

Mesmo sabendo que em algum lugar por ai ele poderia estar fazendo barbaridades com ele mesmo, seu coração estava em paz, afinal, não teria mais que mentir para si mesma e nem para ele.

( em algum quarto, em algum lugar)

‘Pensamentos’.

“Eu sei, não é fácil dizer adeus quando não se quer ir embora. Quando inclui você em meus planos sem sua permissão; planejei muitas coisas para nós dois, planejei ficar com você nos dias que fizessem muito frio e em todos outros dias em que o sol resolvesse brilhar mais forte, eu levaria você para ver o mundo. Pensei em te dar muitos presentes, projetei a minha felicidade na sua, mas não via o quanto cego eu estava ou via e não queria acreditar. Eu disse meus segredos mais sombrios para você, pois prometemos não guardar segredos e não contar mentiras. Mas que ironia, a nossa história foi uma grande mentira... e eu ainda ingênuo te disse que era em você...”

- Felipe? (uma voz feminina pergunta do outro lado da porta)

Silêncio.

-Felipe, é você que está ai?

- Sim;

- Felipe!, o que está fazendo aqui em casa? Deixe me entrar... Que saudade de você.

-Ana... Agora não hora para matar a sua saudade.

-Felipe... Que voz é essa, você está chorando? Aconteceu algo com a Bela? ...Ou com vocês?

Então ele sai da janela e vai até a porta, pensa por alguns minutos em abri-la, afinal Ana era sua irmã, sua melhor amiga, sua confidente, como recusar um ombro amigo em uma hora daquelas, pensou mais um pouco e decidiu deixá-la entrar.

Ela entra abraçando ele dizendo:

- meu irmão, que saudade, o que houve?

Ele conclui o seu pensamento:

- ...Que eu via um futuro você. (então ele diz)

-não quero falar nada agora Ana, só quero ficar aqui por um tempo.

- Sim claro como você quiser.

A chuva era a única que ousava em atrapalhar o silêncio da casa, enquanto Ana tinha em seus braços um homem que apensas tinha tamanho e máscara de forte, mas que por dentro, naquela noite, era apenas uma criança inofensiva precisando de ajuda, de força, e de proteção, pelo menos naquela noite.

‘O telefone toca’

-Alô.

-Ana?

-Sim...

-Sou eu... Bela

- Ah! Olá Bela, bom dia!

-Bom dia, é... O Felipe está ai?

-Sim está.

Silêncio.

-Você não vai me perguntar o que aconteceu?

- Bem Bela, meu irmão não quer falar sobre isso comigo agora, porém quando , ele quiser conversar comigo sobre isso ele irá me contar, não quero saber nada que sai dessa sua boca, eu irei dar o tempo necessário para ele, pois é isso que ele precisa.

-Ana, não fale nesse tom comigo.

- Você que não me venha com moral a essa hora da manhã Bela. Seja lá o que você fez para meu irmão, ele ira superar eu juro para você, que ele ira ser feliz como ele sempre foi, entendeu? Agora tenha um bom dia. Adeus.

- Ana...

(... Novamente, no quarto)

“Eu nunca entendi muito bem as coisas que ela dizia. Olhava-me de um jeito apaixonante, me abraçava de um jeito quente e amava de um jeito que...

Parecia... não amar.

As pessoas que estiveram comigo sempre souberam de tudo, eu que nunca quis ver, nunca quis saber a verdade.

A verdade que queimava em mim.

E a mentira que me viciava.

(ele desce...)

- Tenho que desabafar com alguém.

- Ah nossa você me assustou Felipe...

- Desculpa.

- Não meu irmão, venha até aqui, sente-se do meu lado...

- Ana...

- Sim...

-O que te faz se sentir vivo?

-Bem... Quando eu sonho...

-Mas... E a sua vida... não sente nada por ela?

-È um mundo que eu vejo, participo às vezes, mas não me sinto viva, apenas sigo as regras...

-Eu vivia em um sonho Ana, e agora vivo em um pesadelo. Pensei que iria passar, mas quando acordei hoje vi que ainda era o mesmo pesadelo, com as mesmas dores, com as mesmas mentiras...

-O que a Bela te fez em? Cadê aquele brilho que você tinha no olhar?

-Sabe as coisas são bonitas, quando se é feliz você não vê pessoas dizendo:... “Não vejo a hora de isso acabar...” eu pelo menos nunca diria isso. Mas quando a felicidade acaba e a esperança vai junto com ela ai sim você vê as pessoas dizendo “Não vejo a hora de isso acabar...” E é isso o que eu digo para mim toda hora.

-Quer saber de uma coisa?

-uhum...

-Não quero que me diga o que aconteceu, apenas quero que você vá viver a sua vida, sem ter que conviver com esses sentimentos ruins, e toda vez que você estiver na minha casa não vai nunca se ver nessa situação, não vai reviver isso em seus pensamentos, pois aqui dentro não irá existir sofrimento, nem dor. Pois cada fez que você entrar aqui, você estará na sua nova vida e assim que você sair vai sempre levar um pouco dela, para que o mundo lá fora conheça a beleza que é a sua vida, até que um dia você não precise mais lavá-la para fora.

( Talvez continue.)



Lua'

2 comentários:

Pobre esponja disse...

Continue semeando sensibilidade na net, evolua sempre e Carpe diem.

abç
Pobre esponja

A Toca do Panda disse...

A toca do panda agradece a visita...

Bacana o seu blog...
Irei fazer muitas outras visitas, vale apena.

até mais...