Licença- Lua pedia, enquanto passava com um guarda-chuva vermelho, pela calçada tumultuada. Para na calçada, o celular toca- Alô!- atende gritando, a chuva está forte, a calçada está apertada- Lua!- “Lobos”- Lua pensa feliz- Lua? Tudo bem?- Lua mal consegue responder, havia dias que esperava por essa ligação- Tudo! E com você?- responde- Lobos não responde apenas pergunta- Quer carona?- E no segundo seguinte quando Lua olha pra frente, ali está ele dentro do carro, no farol segurando o celular, sorrindo, com duvidas, com medos e certezas “ era o amor oferecendo carona” pensou Lua.
“Depois que o mal tempo foi
Eu vi você chegando
Trazia o rosto doce, bom e aliviado
Nada mais incerto
Passava também um tempo”
No carro Lua pergunta animada e ansiosa- como sabia que eu estava aqui?- e o encara, Lobos está com o cabelo um pouco molhado, sua camiseta preta está com alguns pingos de chuva, ela se lembra daquela camiseta, eles compraram em uma loja na av. Paulista, ele ficou enchendo o saco da vendedora para conseguir um desconto “mas como? Na Avenida Paulista ainda” Lua sorri sem dividir aquele pensamento com ele, afinal ele está dirigindo, nem reparou- Eu trabalho aqui perto Lua, esqueceu?- Ela faz que não com a cabeça- Vi seu guarda-chuva, eu que dei. Acho que só existe um guarda-chuva nessa cidade, vermelho e com desenho de uma Lua e um Lobo- Ele sorri, feliz por ter dado um presente são singular- É verdade, mas mesmo assim, é muita coincidência- Mas Lua deixa o assunto pra lá, afinal ele ofereceu uma carona, quer dizer que quer conversar com ela, pelo menos é o que Lua pensa e quer- Está com fome?- Ele pergunta, mas sem esperar a resposta continua- Podemos ir almoçar, está cedo ainda- fala e da uma olhada no relógio para confirmar- Tudo bem, vamos- Lua responde.
Na calçada do restaurante, de baixo de um tempo nublado e sem chuva, Lua, antes de entrar no restaurante, não aguentando de ansiedade pega na não de Lobos- vamos acabar logo com isso Lobos- ela o encara e solta a sua mão da dele- Como pode depois de dias sem dar sinal de vida, simplesmente chegar me dar uma carona e fingir que nada aconteceu, que ainda somos um casal, que tudo está bem... - Lobos a encara também “ ela é assim, não sabe esperar, não sabe comer primeiro e depois conversar, tem que ser tudo pra já, pra ontem”- Lua, o que você quer que eu diga?- Lobos respira fundo- Que você me magoou? Que ainda estou triste? Ferido?- ele busca a mão dela- Isso tudo é verdade, mas o que eu sinto por você supera tudo isso. Você me disse que não sabia que o remédio ia fazer mal ao bebe, então- ele da um passo- Eu acredito em você- a mão dele arruma o cabelo dela, guarda uma mecha atrás da orelha enquanto a outra já está agarrada a mão dela- Era isso que você queria saber?- Lua faz que sim com a cabeça- Somos então ‘nós?’- Lua pergunta, gosta de confirmar- mas Lobos não responde.
“Voltávamos a ser então o tal casal
Apaixonado, apaixonado”
Logo eles aparecem por aqui contando como está sendo a vida deles…
-Mais uma vez “O tal casal”- música da Vanessa da Mata
5 comentários:
Mais que lindo Lu.
É real?
Tão doce, tão 'romantica', mas não um romantico conto de fadas, um romantico real.
Ahhhh, que fofo, Lúh. Sim, minha dúvida é a mesma que a Gabi daí de cima: É real ou pelo menos baseado em fatos reais?
Beijinhos, meu amor, e fico feliz que estejas gostando do conto. Logo menos posto a oitava parte.
Ah, e terá mais partes com relação a LUA E LOBOS??? Quero mais ++++++
rsrs
beijos, flor. Ótima semana para você **
Que lindo Lu!
Voltei algumas postagens do blog para não me perder muito, hehe.
parabéns! :)
Beijo =*
Gostei do conto! Envolveu-me, simplesmente li até o final, totalmente presa e curiosa com o encontro.
Beijos,
Suzana/LILY
certamente um conto que por muitos cantos é real.
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