sexta-feira, julho 31, 2009

Parte sete: O passado, presente.

“Durante muito tempo fiquei me fazendo várias perguntas e nunca chegava a nenhuma resposta. Quando eu senti pela primeira vez algo diferente por alguma menina eu era apenas uma criança, mas já está amando (pelo menos é o que eu achava), creio que o amor de infância é amor mais puro e inocente que exista. No meu caso eu fiquei perdidamente apaixonado quando conheci Jane e quando fiquei amigo dela então, nossa parece que eu apenas acordei o amor que estava adormecido em meu peito há muito tempo. Não sei como explicar, eu era apenas uma criança e parecia que eu já a amava avia muito tempo, outras vidas? Talvez, eu não acredito muito nisso.”

Alguém entra na sala
-Felipe, sua irmã disse que vai ficar fora a tarde toda e que é para você ler essas pastas dos professores e depois passar para ela! (disse a secretaria enquanto os seus olhos percorriam a roupa de Felipe que estava amarrotada)

-Ok Nicole, deixe as em cima da mesa, por favor. – e voltou os olhos para a janela.

“Mas nem tudo é perfeito, creio que nada é perfeito, pois quando eu estava descobrindo essa coisinha tão estranha chamada amor, Jane foi embora, e o que me restou foram lembranças e uma carta só isso. Mesmo depois de muito tempo eu ter encontrado a Bela e viver uma nova paixão de um jeito diferente, Jane ainda vivia no meu coração de algum modo... e agora que eu nem lembrava dela, que para mim isso estava mais do que enterrado, ela volta de um jeito tão cômico e...”.

-Felipe! ... A sua mãe está no telefone.
“Droga!”

-Alô?
-Felipe Amaro, como ousa me esquecer?
-Mãe?
-Claro! Você ainda tem mãe sabia disso?
-Ah mãe por favor, sem drama vai, não estou em um lugar apro...
-Fezinho, nem pense em me dispensar, sei que você está ajudando Ana e quem nem tanto serviço assim...
-...priado.
- o que?
- Nada mãe, que saco, eu estou ajudando ela sim, mas eu tenho varias coisas para fazer aqui...
-Que história é essa que você não está mais com a Bela?
-...E tenho que ler umas pastas também... O que? Bela? Ãnh?
-Sim ontem à noite fui ao restaurante com as minhas amigas do bingo e lá estava ela com outro rapaz e duas crianças, o que ela estava fazendo com aquele rapaz? E aquelas crianças Fezinho? São suas? São meus netos?
-Mãe! Que saco, eu não sei do que a senhora está falando, e sim não estou mais com Bela já um mês mais ou menos.
-E as crianças?
-Crianças? Eu não sei de nenhuma criança mãe!
“não acredito, pensei que só era uma criança”
-Você não sabe o que quer da vida Felipe Amarou Cabral! A Bela...Uma moça tão legal, e você a abandonou? Como pode? Ela te amava e você a largou...Largou ela por alguma vagabunda?
-Droga mãe, eu não sei de nenhuma criança e eu não deixei ela, e ela nem é tão boa moça assim como à senhora está dizendo certo? E eu não vou ficar debatendo a minha vida pessoal com você...
-não fale assim comigo Fezinho
-Porra mãe! Se não sabe da minha vida, não sabe o que eu penso ou sinto e vem me julgando? Vá jogar bingo vai...Tchau!

Realmente a sua mãe não soubera de nada e o que soubera era tudo balela. Aliás, ninguém sabia o que acontecera para Felipe ter saído de um relacionamento de tantos anos e ter ido morar com a irmã, nem Ana sabia, nem a sua própria mãe, nem seus amigos que na verdade pareciam se importar bem pouco com o que Felipe sentira ou achava de tudo isso. Ele era apenas ele, um rapaz aparentemente novo, com faculdade, com dinheiro, estava ali naquela sala as 11horas da manhã discutindo a sua vida amorosa com sua mãe, que não está nem ai também para o que ele sentira ou pelos ouvir a sua versão de toda aquela história.

Algumas horas depois...

- Me desculpa vai Fê? Não foi por mal que ela me contou... (disse Ana em direção a Felipe)
- Não disse por mal? Cacete, o que deu nas mulheres dessa família hoje em? Por que de manhã a mamãe me ligou me colocando na cruz como se eu fosse o vilão de toda essa história.(desviando de Ana)
- A mãe é assim mesmo Fê, não ligue para o que ela diz....Vem aqui...
-e agora você?
-Fê...Cacete, me desculpa vai, eu tinha ido para pegar umas roupas suas, você estava sem roupa lá em casa praticamente e outra coisa eu precisava ir lá, aquela casa estava abandonada e ela é a sua casa também...
-Foda-se se eu estava sem roupas, eu comprava mais...Por que você tinha que se intrometer tanto assim na minha vida em? ...E aquela empregada também...
-Não coloque a culpa na Julia, por favor, foi eu que perguntei o que tinha acontecido com vocês, ela me contou, mas o que que tem também? Eu não posso saber o que se passa na vida do meu irmão?

Aquela discussão demorou horas para acabar e Felipe também demorou horas para desculpar Ana. Estava furioso com tudo e com todos naquele dia; primeiramente a mãe que o julgara sem saber de nada e depois irmã que descobrira o que avia acontecido. Não era fácil para Felipe acreditar que, ficou vários anos de sua vida com uma mulher que o enganara, em todos os sentidos, e que além de tudo tinha outra família, tinha filhos com outro homem sendo que com ele sempre dizia que era muito cedo. Felipe era muito calmo e pacifico até de mais, mas mesmo quando descobriu toda a história de um modo drástico, desejou poder tirar a vida de Bela. Afinal não era justo, ele tinha sido verdadeiro com ela todos aqueles anos, e ela apenas o enganava.
Mas depois que encontrou com Jane naquela escola...tudo ficou vago e o que era errado não parecia mais ser, o quer era certo também não. Mas no final da contas o que era justo? O que era errado e certo? E se Bela o amava mesmo? E Jane ainda o amava? Mas como pode, amar duas pessoas ao mesmo tempo? Ele nunca obteve as respostas de nada, mas a única resposta que teve sem fazer nenhuma pergunta, foi que o passado nem sempre pode estar morto e que depois de tanto tempo ele descobriu que algo nele não tinha morrido, apenas tinhas, adormecido, pois à volta de Jane o fazia respirar melhor e algo mais, sentir que ainda poderia amar.
Ela não tinha a menor ideia de quem o seu coração gostava, mas sabia que poderia ser feliz de novo, e por que não?
Seria melhor esquecer todos os sofrimentos e fazer de um passado, presente?
Ele soubera, mas sabia que todas as vezes que olhava uma foto de sua infância ao lado de Jane, seu coração batia mais forte e quando olhava em seus olhos ele se apaixonava novamente.

Um comentário:

Guttwein disse...

Meu deus, demorei demais pra pular do avião!! Estamos na parte VII !!! : /
Posso dar um comentario descente depois, que me atualizar de todo o ocorrido?! rsrs ; )