Parte seis: Encontros.

Pensamentos. “O passado que de repente vira presente, não entendo, como posso ter dado tantas voltas no mundo e parar em você? Como?... mas como sou tão tolo de me preocupar, isso só pode ser coisa da minha cabeça, ilusão?... talvez ou pode ser verdade, talvez seja ela, talvez... talvez... talvez...-LOUCURA!- ... vou acabar ficando louco se não souber da verdade será que é ...”

-Felipe?
-o que é Ana!
-Ah pelo amor...Pare de ser estressado, você veio hoje aqui por que quis tá?
-Ta bom Ana... O que você quer dessa vez? , eu já escolhi os textos para você......
-Vai lá no meu carro e pega meu celular, não posso sair daqui agora...Vai lá, vai...
( disse Ana enquanto andava pela sala com vários papeis )

-Ana, não sou seu empregado, que coisa, por que você não anda com isso...
-Por favor?
-ta bom...

Felipe foi com o pensamento distante, pensara se aquela mulher do “tal conto de Sofy” seria a uma amada do passado, seus pensamentos o bombardeava de todas as maneiras, pensou em tudo aquilo que leu, lembrou de sua infância que por coincidência era parecida com a que lera e é claro lembrou de Bela, porque tudo que o fazia sentir emoções lembrava Bela, de algum modo ela ainda viverá em seu coração...

-Ai!
-Me desculpe!
-Olha por anda, pelo amor de Deus...Olha o que você fez, derramei todo o meu suco... (gritou a mulher enquanto passava a mão pelo vestido que antes era rosa e agora era laranja)

-Me desculpe senhorita... Eu... Eu...
-Lipe? ... Quer dizer...Felipe Amaro? (a mulher diz meio confusa e surpresa)

Quando Felipe realmente olhou para o rosto daquela mulher, toda uma vida passou por seus olhos em questão de segundos.

-Jane? ...Janete? ( Felipe diz mais surpreso ainda)
-Não acredito que é você, meus Deus como você está diferente, mas ainda tem o mesmo rosto e cabelo bagunçado ( risos)
-Nossa você também, quer dizer, está mais linda do que quando éramos crianças...

Muitas coisas passavam pela sua cabeça, era difícil dizer algo que realmente fosse útil mas até que se saio bem, ficava pensando se era ela mesmo a mãe da tal Sofy, se ela ainda o amava se... Então viu que ela o olhara esperando por algo, nem que seja uma palavra se quer...

-È... (risos) Oi!... (passava a mão pelos cabelos, colocava no bolso e ai suas mãos faziam uma viagem, até que)-O que você faz aqui?

- Bem eu vim buscar a minha sobrinha...

“Sobrinha?...Não tem filha... não acredito! não é ela...”.

-Ah claro...
-E você?
-Ah, eu vim ajudar Ana por que...
-Ana? Nossa, eu venho aqui há meses e nunca me encontrei com ela, nós éramos tão amigas e...-Sofy!!! Aqui ó!... (disse ela levantando o braço)

“Sim é ela...”

-Lipe...Essa linda garotinha aqui é a minha sobrinha, Sofy... Sofy esse é um grande amigo meu de infância... Felipe!

-Oi! (disse a menina como se já o conhecesse)
-Olá!... “Essa é a menina que escreveu o conto?... por que disse que era a sua mãe?... ou será que é outra Sofy ?...”

-Bem Lipe, temos que ir, ainda tenho que almoçar e ir para o trabalho!
-Claro! Tudo bem...
E quando Felipe se virava...
-Hei...eu conheço você ( disse a menina)
-Não Sofy, você não conhece ( disse Janete com pressa)
-Conhece? ( Felipe fez uma cara de surpreso...E pensou “sim é a minha Jane, a Jane que...”
-Sim você é o tal Lipe que a tia Jane sempre fala em suas histórias, é exatamente como ela descreve, sim...é você, tenho certeza.
-Quer dizer que sua tia conta histórias sobre mim? ( voltou o olhar para Jane como se estivesse satisfeito com que ouvira, e realmente estava)
-è você uma vez fez o nariz dela sangrar e...
-E eu e você temos que ir embora né Sofy! (disse Janete totalmente sem graça)
-Olha só como eu sou famoso em Jane? (insinuou Felipe, cheio de si)
-Crianças inventam muitas coisas Lipe...
-E certamente adivinham a infância dos tios né?
-È...Vejamos... Eu tenho que ir Lipe...Até mais. (Jane foi andando de pressa com a sobrinha até o carro e às vezes olhava para trás...)
Felipe apenas confirmara o que avia pensado... “ Sim, é a minha Janete, a minha Jane...”