domingo, outubro 03, 2010

Sem título

Olá pessoas, antes de começar o post de hoje queria dizer duas coisas:
Primeiro: Estou muito feliz por vocês estarem sempre por aqui participando, nunca pensei que poderia um dia ter comentários tão carinhosos e bem feitos, como os que recebo aqui. Obrigada.
Segundo: o texto de hoje, não é de hoje(rsrs) vou explicar. Geralmente eu faço os textos para o blog na hora, quando tenho vontade, venho abro o Word e começo o texto e depois posto. Pronto!. O de hoje, na verdade, é um texto que foi feito no dia 27/07/2010, eu fiz ele e salvei no meu e-mail e nunca mais mechi nele, até hoje quando me veio uma lembraça em mente de que tinha esse texto. Não fiz nenhuma alteração nele, nem correções, então me desculpem pela gramática. O texto ficou exatamente assim, sem pé nem cabeça, sem um bom começo e provavelmente sem um bom fim. Mas tenho a vontade, no coração, de mostrar ele para vocês.
Beijos Lu.


"Sem Título"



Naquele momento nada mais me importava. O ódio tomava conta do meu corpo, dei mais um gole daquela bebida amarga e coloquei o copo sobre a mesa sem solta-lo, senti uma pontada figurativa no peito, um pulsar mais forte na minha cabeça, ódio, aquilo era ódio. Na minha mão, senti uma forte pontada e escutei um estralo, quebrei o copo- pensei e logo reparei- senti.
Fiquei olhando aquele liquido vermelho escorrer pela minha mão, como a dor era intensa, agora eu vi da onde vinha à dor, eu fiquei mais tranquila, parecia que o ódio havia encontrado uma válvula de escape.
Fui para pia da cozinha e coloquei a mão de baixo da água corrente enquanto tentava tirar um médio caco de vidro, exatamente do tamanho de uma colher de chá, da minha mão, aliás... Acho que não é tão médio assim. Vi que minha mão não iria parar de sangrar tão cedo e que precisaria de alguns pontos nela, o único jeito era ir para o pronto socorro, ainda bem que morava perto de um. Peguei um pano na primeira gaveta da pia da cozinha e enrolei na mão, peguei as chaves do carro sobre a mesa e bolsa que estava no sofá da sala e fui para garagem.
No pronto socorro, a balconista pediu a carteira do meu convenio e disse que eu poderia entrar pelo corredor, “a primeira porta a direita senhora”, já que estava sangrando, nessa hora o pano azul com listras brancas, estava apenas vermelho, então fui atendida imediatamente. “certo, pelo corredor, primeira porta a direita” revi as informações, fiquei repetindo o pensamento até a chegar à sala a branca, essa minha memória me exigia certas precações. Bati na porta da sala e uma voz máscula ordenou que eu entrasse, na hora vi que minha mão chamou atenção. “Sente-se aqui, por favor, e retire esse pano...” o enfermeiro... É deixa ler o nome... Júlio ordenou que eu me sentasse e sentei, era para tirar o pano... Tirei.
Ele pegou a minha mão e começou limpa-la com algo que para mim equivale à água benta para vampiros, ardia, queimava.
Depois de alguns minutos o enfermeiro Júlio informou que teria que dar alguns pontos na minha mão e que era para eu ficar aproximadamente duas semanas com eles e depois voltar aqui para tirá-los. Ele parecia ser discreto, mas estava na cara que estava curioso sobre o corte...
“Eu quebrei o copo enquanto lavava a louça...”.
(porque dando satisfação para ele? - me perguntei)
Ele me encarou e pareceu que a duvida fora liquidada.
“Bem – ele disse- por hoje só senhora...”.
“senhorita... - informei-o – Katherine”.
“Uma boa noite senhorita Katherine”
Sai da pequena sala segurando a minha mão com a outra, ela estava inchava e latejando como se existisse um coração dentro dela e parecia também que estava com febre. Passei pela entrada do corredor distraída, mas de repente várias coisas aconteceram, havia uma mulher em uma cadeira de rodas, a mulher parecia estar desesperada e com muita dor, tinha as duas mãos sobre a barriga e -“Ah meu Deus” pensei colocando as duas mãos na boca- ela estava grávida e... Sangrando, muito...
Tinha um rapaz que tentava acompanha - lá, mas os médicos disseram que ele não podia entrar, ele ficou parado no meio do corredor, falou alguma coisa que não consegui escutar, passou a mão nos cabelos e começou a chorar.
“conheço esse rapaz, deve ser o marido dela, mas da onde o conheço”?”...”
Depois de tudo, reparei que também estava parada no meio do corredor, “é melhor ir embora...”-pensei.
“Hei moça!”
“Hei moça!”
Senti uma mão em meu ombro e me virei -era o marido da moça -“Sim...” Respondi...
“Você deixou cair um pano ali...”.
Ah o maldito pano... Agradeci e voltei para pega-lo, joguei na lata do lixo e depois fui direto para o estacionamento, quanto mais cedo saísse daquele pronto socorro, melhor.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amo teu blog, e te acompanho sempre !

Solange Maia disse...

gostei !

fiquei com vontade de saber o que viria depois !

beijos